Atrações
Largo do Castelo
CASTELO DE SINES
O Castelo de Sines é uma fortaleza medieval construída sobre um ponto da falésia com sucessivas ocupações desde o Paleolítico, de grande utilidade defensiva e, hoje, um dos melhores miradouros para a baía.
O castelo foi objeto de obras de restauro, completadas em novembro de 2008, em simultâneo com a inauguração do núcleo sede do Museu de Sines e Casa de Vasco da Gama.
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Dias: Segunda a domingo, incluindo feriados (exceto Natal, Ano Novo e Páscoa),
Período: 09h00-18h00.
Igreja de Nossa Senhora das Salas Sines
IGREJA E TESOURO DE NOSSA SR.ª DAS SALAS
Em ação de graças por um suposto milagre na viagem de barco que a trouxe a Portugal (onde vinha ser dama de honor da futura rainha D. Isabel), a princesa grega Betaça (ou Vetaça) Lescaris manda construir, no final do século XIII / início do século XIV, a Igreja de Nossa Senhora das Salas primitiva. A igreja primitiva é uma construção modesta, de uma só nave, mas torna-se rapidamente num destino de intensa peregrinação. Talvez em ação de graças pelo sucesso da viagem à Índia, Vasco da Gama decide reedificar o edifício de raiz, dando-lhe uma escala mais grandiosa.
A Ordem de Santiago, em conflito com Vasco da Gama, não vê com bons olhos a reedificação. Dom Jorge de Lencastre determina que não seja concluída a mudança, mandando que os confrades ampliem o templo primitivo. Apesar da autoridade do mestre, a ordem não é acatada. Concluída a ermida, com evidentes traços manuelinos, são colocadas junto do portal duas lápides que reforçam a posição do Gama: "Esta Casa de Nossa Senhora das Salas mandou fazer o muito magnífico senhor Dom Vasco da Gama, Conde da Vidigueira, Almirante e Vice-rei das Índias".
Na transição do século XVII para o século XVIII, a ermida sofre obras importantes (uma "atualização programática e estética dentro dos figurinos pós-tridentinos", nas palavras de José António Falcão e Ricardo Estevam Pereira, cujo texto "A Ermida de Nossa Senhora das Salas", incluído no catálogo "Da Ocidental Praia Lusitana" é de referência para uma história do monumento). A intervenção mais significativa foi a instalação na capela-mor de um retábulo de talha dourada.
O terramoto de 1755 leva a obras que alteram sensivelmente a configuração da ermida. No início da década de 1770 são encomendados azulejos para o revestimento do interior da igreja, formando um ciclo alusivo à vida de Maria. Nesta campanha de obras, são acrescentados ao retábulo elementos da linguagem rococó.
Até ao século XX, a ermida possuiu casas próprias para os romeiros e para a habitação do ermitão. A Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais demoliu-os em 1961-62. A igreja era revestida por ex-votos oferecidos especialmente pelos náufragos que se acolheram à proteção de Nossa Senhora das Salas.
Monumento Nacional desde 1922 (decreto-lei n.º 8518 de 30 de setembro de 1922 J. M. S.) a Igreja de Nossa Senhora das Salas sofreu um processo de restauro desde os anos 1990 e encontra-se neste momento aberta ao público com o seu tesouro disponível para visita.
Largo Poeta Bocage 7520 Sines
Museu de Sines / Casa de Vasco da Gama
O núcleo sede do Museu de Sines e Casa de Vasco da Gama, instalados nos edifícios interiores do Castelo, foram inaugurados no dia 24 de novembro de 2008.
A recuperação dos edifícios interiores do Castelo envolveu um investimento de 900 mil euros, cofinanciado por fundos comunitários do FEDER, através do Plano Operacional da Cultura, e contou com a colaboração científica do Igespar - Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico.
Todos os outros edifícios do Castelo têm funções ligadas ao museu, à educação e à cultura.
A distribuição dos usos pelos espaços é a seguinte:
Paço dos Governadores Militares
Áreas expositivas (rés-do-chão e 1.º andar)
Torre de Menagem
Casa de Vasco da Gama
Casa da Guarnição
Receção
Antigas cavalariças
Fundos e reservas do museu e serviço administrativo
Antigo aquartelamento
Biblioteca, o serviço educativo e a cafetaria
Rua Miguel Bombarda 5, 7520-152 Sines
IGREJA MATRIZ DE SÃO SALVADOR
História
A construção primitiva da Igreja Matriz remonta à Idade Média. Foi nela que Vasco da Gama recebeu das mãos do bispo de Safim, em 1480, a “prima tonsura”.
No início do século XVIII, a igreja é já pequena para a quantidade de crentes que querem assistir à missa. Com autorização da Ordem de Santiago, é profundamente remodelada na década de 30 desse século (sob a orientação provável de João Antunes, arquiteto da Mesa da Consciência e Ordens, ou de seu colaborador), ganhando o aspeto atual, típico do barroco joanino.
O terramoto de 1755 obrigou a várias obras de restauro.
É Monumento de Interesse Público (Portaria n.º 449/2014).
Olhar atentamente
- Altar-mor com tabernáculo do Santíssimo Sacramento
- Imagens de São João Batista, de Nossa Senhora da Graça, de Santa Catarina e do Senhor Jesus das Almas
- Azulejos da capela-mor
- Painel no teto, pintado por Emmerico Nunes
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A Igreja Matriz não está preparada para visita autónoma pelos turistas.
A forma mais adequada de visitá-la é marcar uma visita guiada com o Museu de Sines, que se localiza a alguns metros.
Largo João de Deus 7, Sines
FÁBRICAS ROMANAS
As Fábricas Romanas, localizadas junto à muralha nascente do Castelo de Sines, são estruturas do século I d.C., descobertas em 1990 e escavadas em duas campanhas, nos anos seguintes. Devido à sua rápida degradação ao ficarem expostas, foram novamente enterradas com o acordo da tutela, até que se conseguisse financiamento para um projeto maduramente desenvolvido.
A intervenção inaugurada a 12 de julho de 2021 apresenta uma solução arquitetónica que, ao mesmo tempo que garante a salvaguarda destas fábricas de preparados piscícolas da época romana, facilita a visita e comunica a sua história, recriando a volumetria da fábrica original e evocando os recursos marinhos que aqui eram preparados.
Para além do interesse histórico e cultural que este estabelecimento possui, e de que a sua recuperação garante a salvaguarda, através da sua musealização pretende-se atrair um público mais vasto para a visita ao património local. A localização das Fábricas Romanas numa área aberta, junto de um dos mais importantes acessos à praia, promove o acesso a públicos que de outra forma não entrariam num museu convencional.
As Fábricas Romanas podem ser visitadas 24 horas por dia, uma vez que o seu interior é integralmente visível a partir das vidraças que protegem a estrutura com quase 2000 anos. Para grupos e escolas, o Museu de Sines realiza visitas guiadas.
Largo João de Deus 7, Sines
CASA-FORTE DO MUSEU DE SINES
O Museu de Sines tem desde 12 de julho de 2021 uma nova valência, uma Casa-Forte onde são expostos os seus mais valiosos tesouros.
Na Casa-Forte, localizada no rés-do-chão do Museu de Sines, pode agora ser visitado o Tesouro do Gaio, tesouro do séc. VII a. C., de origem fenícia, testemunho dos contactos comerciais e das influências do Mediterrâneo Oriental na Península Ibérica, classificado pelo Ministério da Cultura como de interesse público.
Outro destaque da Casa-Forte é a coleção de numismática proveniente do legado de José Miguel da Costa, fundador do Museu. Uma das mais ricas do País, esta coleção resulta de um esforço colecionista que se enquadra na grande tradição europeia, que via nas moedas uma das mais importantes fontes para conhecimento da história e da arte do passado.
A Casa-Forte acolhe também o “Tesouro do Africano”, descoberto em Sines em 2012, composto por moedas de prata, algumas das quais cunhadas na América, surgidas na necrópole da igreja de São Salvador, associadas ao esqueleto de um possível corsário africano.
Praia da Ilha do Pessegueiro, Portugal
FORTE DO PESSEGUEIRO
Mandado construir por Dom Pedro II, no século XVII, para defender a costa de piratas e corsários. Localiza-se na falésia em frente à Ilha do Pessegueiro, Porto Covo. É conhecida a existência de guarnição até pelo menos 1844. Era usado em conjunto com o fortim erigido dentro da ilha, arruinado pelo terramoto de 1755. É Monumento de Interesse Público desde 1957 (decreto n.º 41191 de 18 de julho).
O forte não tem horário de abertura ao público.
Para visita guiada, contacte o Museu de Sines.
Av. Gen. Humberto Delgado 16, 7520-104 Sines
ANTIGA ESTAÇÃO DE CAMINHOS-DE-FERRO
A estação de caminhos-de-ferro de Sines (um projeto do arquiteto Ernesto Korrodi) foi utilizada no transporte ferroviário entre 1936 e meados da década de 90 do século XX. Os belos painéis de azulejos, representando cenas da história de Sines e da vida dos pescadores, dão-lhe uma beleza que a faz sobressair no tecido urbano da cidade. Através de protocolo assinado com a Invesfer / REFER em 2000, a Câmara Municipal de Sines passou a ter o direito de uso da estação. Recebe serviços da Escola das Artes do Alentejo Litoral desde 2008.
Visitar a estação
Neste momento apenas é possível a visita autónoma ao exterior da estação (painéis de azulejos).
Rua Cândido dos Reis 7520-177 Sines
CENTRO DE ARTES DE SINES
Vencedor do prémio AICA/MC 2005 e finalista do Prémio Mies van der Rohe 2007, o Centro de Artes de Sines é um edifício marcante da arquitetura portuguesa contemporânea e o principal equipamento cultural e de suporte às artes e educação em Sines. A sua atividade divide-se em vários espaços e valências.